sexta-feira, 22 de março de 2013

Paulo Bernardo e polemica sobre a "ley de medios"




Sou do Paraná, militei por quase 10 anos no movimento social em Londrina e lá fui presidente da Ules - entidade estudantil - no final da década de 90.

Portanto sou conterrâneo do ministro das comunicações Paulo Bernardo.

Porem nunca fui alinhado com ele nem com seu grupo.

Tenho criticas a sua atuação partidária e também à sua gestão frente ao Ministério das Comunicações.

Falo isso para deixar claro que não tenho nenhum vinculo com ele, a não ser o de sermos conterrâneos e militarmos no mesmo partido.

A questão é que o ministro Paulo esta sendo duramente criticado por militantes do PT e por defensores da regulamentação da mídia, por declarações sobre o marco regulatório dos meios de comunicação, dadas ao Estadão.

No meu ver, o Estadão forçou a barra para constranger o ministro, o governo e o PT.

Não da para comprovar, mas pela declaração dá para supor que ele foi questionado sobre a "censura à mídia" - que é como os barões da mídia se referem a qualquer proposta sobre o marco regulatório dos meios de comunicação - aprovada como resolução na última reunião do Diretório Nacional do PT e sua resposta foi a de negar a intenção de "censurar' o que quer que seja e mesmo modestamente fez até a defesa do que o PT defende. 

"A Constituição veda a censura e, portanto, o marco regulatório não pode ser confundido com controle da imprensa nem com nenhum tipo de controle de nada", insistiu o ministro. "O que não pode é ter discriminação. Além disso, precisamos de um conteúdo regional na programação. Não é fácil regular isso."

A declaração do ministro em relação ao marco regulatório é o mesmo que nós fazemos.

Sobre o imobilismo do governo em tocar esta questão para a frente, creio que do ponto de vista estratégico ele se justifica.

O PT não tem força parlamentar suficiente para aprovar este projeto no Congresso, principalmente em um parlamento composto por muitos deputados e senadores que detém em seus Estados ou Municípios o controle ou são "donos" das concessões de emissoras ou retransmissoras radio e televisão.

Isto é fato.

Portanto, enviar para o Congresso projeto de regulamentação dos meios é enviar um projeto ou com grandes chances de não ser aprovado, ou se aprovado com grandes chances de ser modificado, não resolvendo a questão.

A minha critica ao Paulo e ao governo sobre esta questão é o fato de que em muitos momentos, quando há a oportunidade de expor a verdadeira intensão da proposta, não se há defesa, ou seja, em muitos caos (como esse episódio do estadão) o governo não fala claramente que não se esta propondo censura alguma, desmentindo diretamente nas paginas ou nos programas de rádio e TV do PIG essa falacia de "censura" criada pelo PIG para manter as coisas exatamente como estão. 


Para mim o governo perde a oportunidade de esclarecer a população nestas ocasiões sobre o que de fato esta em pauta, deixando assim o PIG "amedrontar" os incautos com a lenga lenga de censura.



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