sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Para Serra, expor seu currículo 'denigre' imagem e prejudica candidatura


Tucano mandou censurar Folha Bancária por entender que informações sobre cargos e projetos poderiam causar 'danos irreparáveis' à sua campanha.

As informações que "denigrem" a imagem de José Serra (PSDB) e são capazes de provocar "dano irreparável" à sua candidatura para prefeito de São Paulo – segundo as palavras do despacho judicial que censurou e apreendeu a edição de ontem (4) do jornal Folha Bancária – estão em um texto de quatro parágrafos que resume a trajetória política e administrativa do tucano e informa, no final, que ele ainda não apresentou programa de governo.
A representação foi protocolada pelo PSDB, sob argumento de que o jornal "promovia" o petista Fernando Haddad e prejudicava Serra. A edição trazia textos sobre os três principais candidatos à prefeitura – Serra, Haddad e Celso Russomanno (PRB) – e uma nota de rodapé informando que a maioria dos diretores do Sindicato dos Bancários apoia o petista.
O texto que Serra considera depreciativo diz que ele, quando governador de São Paulo, vetou projetos que determinavam a instalação de portas segurança em todas as agências bancárias. Também afirma que seu partido, o PSDB, foi responsável pela privatização de vários bancos públicos, entre eles o Banespa.
Leia a íntegra do que foi publicado sobre o tucano na Folha Bancária censurada por ele:
"José Serra é economista. Já foi eleito governador de São Paulo, deputado federal por dois mandatos e senador. Foi prefeito de São Paulo entre 2005 e 2006, quando deixou o mandato para concorrrer ao governo do estado. A gestão do município foi então assumida pelo prefeito Gilberto Kassab.
Em sua gestão como governador, Serra vetou dois projetos de lei que determinavam a instalação de portas de segurança em todas as agências bancárias do estado. O mesmo caminho tomou seu sucessor na prefeitura paulista: Kassab também vetou projeto que determinava a instalação de dispositivos nas agências bancárias do município.
O então governador também abriu mão da Nossa Caixa, que passou na ser controlada pelo Banco do Brasil. A legenda, o PSDB, foi responsável por privatizações de diversas instituições financeiras, como o Banespa e o Banerj, além de empresas como a Vale do Rio Doce.
SEM PROPOSTAS – O plano de governo de Serra não foi divulgado em nenhum dos sites oficiais da campanha nem no TRE. Dessa forma, não é possível averiguar suas propostas para mobilidade, saúde e segurança."
Fonte: Brasil Atual

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