No dia D de Haddad, presidente Dilma parte para cima no enfrentamento com os tucanos; no palanque armado em Itaquera, na periferia Leste de São Paulo, ela ironiza ataque desferido por José Serra e assume toda a sua militância; "Lula deixou pra mim uma herança bendita", disse.
1 DE OUTUBRO DE 2012 ÀS 20:14
Site Brasil247– Vinda especialmente de Brasília, Dilma subiu ao palanque, em Itaquera, na periferia Leste de São Paulo, ao lado do ex-presidente Lula, como a atração principal do mais importante comício do candidato do PT até aqui, nesta segunda-feira 1 e não se furtou ao enfrentamento direto com o tucano José Serra, que a provocou, dias atrás, recomendando-lhe não "meter o bico em São Paulo".
"Não posso dirigir o País sem meter o bico em São Paulo", devolveu Dilma, para alegria e aplausos da platéia reunida pelo PT.
Ela falou por cerca de quinze minutos. Não poupou elogios ao ex-presidente Lula, que se manteve todo o tempo ao seu lado. "Lula me deixou uma herança bendita. Ele fez o melhor governo, isso ninguém pode nos tirar", completou a presidente.
"Gosto muito de estar ao lado do Lula. Se tem um homem que faz a diferença, é Luiz Inácio Lula da Silva".
A seguir, rasgou elogios ao candidato a prefeito. "Haddad é um companheiro de fé. Ele melhorou as condições da Educação", assegurou.
"Haddad é um realizador de sonhos". Até mesmo a mulher dele, Ana Estela, ganhou a atenção da presidente. "É uma mulher especial, uma mulher de fé", disse Dilma.
A presidente cumpriu à risca com seu papel de tentar estimular a candidatura de Haddad, com frases sob medida para serem reproduzidas no programa de televisão do candidato. "O Fernando faz a diferença. Na hora de votar, vote em quem faz a diferença", exclamou, numa afirmação pronta e acaba para esta reta final de primeiro turno.
Lula, ao discursar, virou suas baterias para a direção de Serra. "Ele não quer ser prefeito", disse o ex-presidente, batendo na tecla que mais acarreta rejeição ao candidato tucano - a desistência do mandato de prefeito para concorrer, em 2006, ao cargo de governador de São Paulo. "Serra não conhece as necessidades do povo da Zona Leste", cravou Lula.
A senadora e ministra Marta Suplicy igualmente deu o ar da graça. "Vocês acham que há alguma chance de o nosso candidato não emplacar?", perguntou ela. "Não", respondeu, "não há chance de isso acontecer. Ele tem o apoio de Lula e Dilma e o melhor programa de governo para a cidade".
Fernando Haddad, por seu lado, escolheu um flanco do líder das pesquisas, Celso Russomano, para tentar bater forte.
Tratou-se da proposta feita pelo candidato do PRB de cobrar o bilhete único pela distância percorrida pelo usuário dentro do coletivo. "Vocês acham que é justo isso?", perguntou. "O povo da Zona Leste vai ser um dos mais prejudicados", lembrou, numa referência à grande distância da região em relação ao centro da cidade.
"Russomano não tem proposta", resumiu.
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