segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Gilberto Carvalho desmente revista Veja



Ministro Gilberto Carvalho nega ataques da revista Veja (Foto Mário Agra / PT)

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, desmentiu nesta segunda-feira acusações feitas pela revista Veja.


Mais uma vez a revista faz ataques ao petista. Desta vez o acusa de ter sido chantageado por empresários.
Gilberto Carvalho desmente veementemente o que disse a revista. A revista também ataca o ex-presidente Lula. Clique no player para ouvir o que disse o petista Gilberto Carvalho.
(Áudio Ronaldo Berwanger / texto Ricardo Weg – Portal do PT)

Trabalho escravo: Presidente da CPI faz balanço positivo e aponta novos objetivos



Deputado Claudio Puty (PT-PA), presidente da CPI do Trabalho Escravo - Foto: Arquivo/PT

Deputado Cláudio Puty (PT-PA) aponta resultados positivos obtidos em 2012 pela atuação da Comissão


O deputado federal, Cláudio Puty (PT-PA), informou à TVPT a prioridade de pautas da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), presidida por ele, que investiga a questão do trabalho escravo no Brasil.
“Rumamos para a conclusão da CPI e estivemos um ano com balanço positivo com a aprovação da PEC do Trabalho Escravo, com a ida para a São Paulo onde encontramos mais que clara a evidência de um novo tipo de trabalho degradante, que é o trabalhador urbano e boliviano trabalhando na indústria têxtil. Fomos ao Pará com membros da bancada ruralista e eles mesmo ficaram estarrecido com as condições de trabalho”.
De acordo com Puty, o objetivo agora é concretizar o processo de elaboração legislativa e fazer um balanço das atividades realizadas pela Comissão este ano.
“Então, nós temos condições ali para além das disputas políticas e ideológicas com representantes da esquerda e da bancada ruralista de tentar, quem sabe, a um consenso no sentido de apresentar algumas peças de elaboração legislativa que consiga punir o trafico de pessoas associadas ao trabalho escravo, que consiga punir as empresas e responsabilizá-las pelas suas terceirizadas que tem trabalho degradante. Enfim, neste final do ano, nós vamos priorizar o processo de elaboração legislativa e fazer o apanhado geral deste ano de trabalho da CPI”, enfatiza.
(Fabrícia Neves - Portal do PT)


Eu vou às ruas e você??

















Para votar vá ao Blog do Esmael

Parte da mídia nacional tenta arrastar o ex-presidente Lula para as páginas policiais. Os principais órgãos de imprensa ligados à elite golpista deste país — Veja, Folha, Globo e Estadão – desenvolve a tese desesperada, neste feriadão, de que Lula tem que ser preso e o publicitário Marcos Valério precisa ficar solto.

Para muitos observadores políticos, o chamado Partido da Imprensa Golpista (PiG) está mexendo num vespeiro danado. Afinal, Lula é uma das maiores lideranças populares do mundo. Tem poder de mobilizar milhões de brasileiros.
Diante deste contexto, o blog pergunta ao caro leitor: Se mexerem com Lula você vai às ruas?
A enquete está localizada no canto superior direito da sua tela. Apenas um voto será registrado por computador (IP).
Opine. Vote e peça um voto. Participe, exerça a sua cidadania plena.

Quem não tem voto caça com Valério

Por Paulo Moreira Leite, na coluna Vamos combinar:


O alvoroço provocado pela notícia de que Marcos Valério pode ter informações comprometedoras contra Lula, Antônio Palocci e até sobre o caso Celso Daniel chega a ser vergonhoso.

Desde a denuncia de Roberto Jefferson que Valério tem demonstrado grande disposição para colaborar com a polícia.

Foi ele quem entregou a relação de 32 beneficiários das verbas do mensalão, inclusive Duda Mendonça.

Conforme os advogados de um dos réus principais, ao longo do processo Valério fez quatro tentativas de oferecer novas delações em troca de uma redução de sua pena. As quatro foram rejeitadas.

O estranho, agora, não é a iniciativa de Valério, mais do que compreensível para quem se encontra numa situação como a sua. Não estou falando apenas dos 40 anos de prisão.

As condenações de José Dirceu e José Genoíno se baseiam em “não é possível que não soubessem”, “não é plausível”, “um desvio na caminhada” e assim por diante.

Eu acho legítimo pensar que deveriam ser questionadas em novo julgamento, o que certamente poderia ser feito se tivessem direito a uma segunda instância, como vai ocorrer com os réus do mensalão PSDB-MG que foram desmembrados nestes “dois pesos, dois mensalões,” na antológica definição de Jânio de Freitas.

Parece muito difícil questionar o mérito das acusações contra Valério. Ele participava de um esquema para levantar recursos de campanha. Mas seu interesse era comercial, digamos assim. Pretendia levantar R$ 1 bilhão até o fim do governo, disse Silvio Pereira, secretário geral do PT, em entrevista a Soraya Agege, do Globo, em 2006.

Era o titular do esquema, o dono das agências de publicidade, aquele que recolhia e despachava o dinheiro, inclusive com carros forte e conta em paraíso fiscal.

O estranho, agora, não é o comportamento de Valério. São os outros.

É a torcida, o ambiente de vale-tudo.

Ele teve sete anos para apresentar qualquer informação relevante. A menos que tenha adquirido o costume de criar dificuldades para comprar facilidades até com a própria liberdade, o que não é bem o costume dos operadores financeiros, seu silêncio sugere a falta de fatos importantes para revelar. Ele enfrentou em silêncio a denúncia do primeiro procurador, Antônio Carlos Fernando de Souza, em 2006. Assistiu do mesmo modo à aceitação da denúncia pelo Supremo, em 2007. Deu não se sabe quantos depoimentos a Justiça e a Polícia. Seu advogado, Marcelo Leonardo, um dos mais competentes do julgamento, escreveu não sei quantas alegações finais no STF.

Nem mesmo quando , preso por outras razões, tomava porrada de colegas de presídio numa cadeia, lembrou que podia contar algo para se proteger?

A verdade é que os adversários de Lula não conseguem esconder a vontade de que Valério tenha grandes revelações a fazer. Deveriam estar acima de tudo desconfiados e cautelosos, já que as circunstâncias não garantem a menor credibilidade a qualquer denuncia feita DEPOIS que um réu enfrenta uma condenação de 40 anos e não se vislumbra nenhum atenuante para amenizar a situação.

É preocupante porque nós sabemos que é possível transformar versões falsas em fatos verdadeiros.

Basta que os melhores escrúpulos sejam deixados de lado, as versões anunciadas sejam convenientes e atendam aos interesses de várias partes envolvidas. O país tem uma longa experiência com essa turma. Ela denunciou um grampo telefônico que não houve. Falou de uma conta em paraíso fiscal – do próprio Lula e outros ministros – que eles próprios sabiam que era falsa. Também denunciou uma caixa de dólares enviados do exterior para a campanha de 2002 que ninguém foi capaz de abrir para dizer o que tinha lá dentro.

Na prática, os adversários de Lula querem que Valério entregue aquilo que o eleitor não entregou.

O próprio Valério sabe disso. De seu ponto de vista, qualquer coisa será melhor do que enfrentar uma pena de 40 anos, concorda? Qualquer coisa.

Do ponto de vista dos adversários de Lula, também. Qualquer coisa é melhor do que uma longa perspectiva de derrotas, não é mesmo? Talvez não por 40 anos mas quem sabe mais quatro?

É por isso que os interesses das partes, agora, coincidem. O mocinho da oposição tornou-se Valério.

No mundo do “não é possível”, do “é plausível”, do “não pode ser provado mas não poderia ser de outra forma ” as coisas ficam fáceis para quem acusa. A moda ideológica, agora, é acusar de bonzinho quem acha que a obrigação da prova cabe a quem acusa.

E eu, que pensei que a presunção da inocência era um direito constitucional e fazia parte das garantias fundamentais. Mas não. Isso é ser bonzinho, é se fazer de ingênuo.

No novo figurino, as coisas parecem verdadeiras porque não podem ser provadas. É a inversão da inversão da inversão. O movimento estudantil tem uma corrente que se chama negação da negação. Estamos dando uma radicalizada…

A experiência ensina que há um meio infalível de levantar uma credibilidade em baixa. É a ameaça de morte, o que explica a lembrança do caso Celso Daniel.

Os advogados dizem que Valério sofreu ameaças de morte. Já se fala nos cuidados com a segurança pessoal e da família. Também li que a Polícia Federal “ainda “ não decidiu protegê-lo.

Algumas palavras tem importância especial em determinados momentos. A morte de Celso Daniel foi acompanhada por várias suspeitas de crime político mas, no fim de três meses de investigação, a Polícia Civil de São Paulo concluiu que fora crime comum.

Um delegado da Polícia Federal, que seguiu o caso e até participou das investigações a pedido de Fernando Henrique Cardoso, chegou a mesma conclusão. O caso parecia encerrado. Os suspeitos estavam presos, confessaram tudo e aguardavam julgamento. Quem fala em aparelho petista deve lembrar que a investigação tinha o respaldo do comando da polícia do governo Alckmin e da PF no tempo de FHC.

O caso saiu dos arquivos quando um irmão de Celso Daniel alegou que sofria ameaça de morte. Fiz várias entrevistas com familiares e policiais e posso afirmar que nunca ouvi um fato consistente. Nem um grito ameaçador ao telefone. Nem um palavrão no trânsito. Nem um empurrão no bandejão da faculdade.

Nunca. Respeito aquelas pessoas, fomos colegas de luta no movimento estudantil mas aquilo me pareceu uma história sem consistência. Eu ia fazer uma matéria sobre essa denuncia mas aquilo não dava uma linha. Não havia sequer um fato para ser narrado. Nem um boato para ser desmentido. Nada. Fiquei impressionado porque eu havia entrado na história achando que havia alguma coisa, seja lá o que fosse. Nada. Mas a família conseguiu o direito até de viver exilada na França. O caso foi reaberto e, embora uma segunda investigação policial tenha chegado a mesma conclusão, o suspeito de ser o mandante aguarda o momento de ir a julgamento.

Nos últimos meses, com o julgamento no mensalão, os adversários de Lula pensavam que seria possível reverter o ambiente político favorável a Lula, no país inteiro. É este ambiente que coloca a reeleição de Dilma no horizonte de 2014, embora muita enxurrada possa passar por debaixo da ponte. Mas, no momento, essa perspectiva, para a oposição, é insuportável e dolorosa – até porque ela não foi capaz de reavaliar suas sucessivas derrotas do ponto de vista político, não fez um balanço honesto dos acertos do governo Lula, o que dificulta aceitar que o país tem um presidente popular como nenhum outro antes dele, a tal ponto que até postes derrotam medalhões vistos como imbatíveis. No seu apogeu, a ideia de renovação sugerida por FHC foi descartada como proposta petista por José Serra. Assim fica difícil, né.

(Vamos homenagear os postes. Essa expressão foi cunhada por uma das principais vozes da luta pela democratização, Ulysses Guimarães, para quem “poste” era o candidato capaz de representar os interesses do povo e da democracia, mesmo que fosse um ilustre desconhecido. Certa vez, falando sobre a vitória estrondosa do MDB em 1974, quando elegeu 17 de 26 senadores, Ulysses falou que naquela eleição o partido elegeria “até um poste.” Postes, assim, são candidatos que entendem o vento da sua época.)

Semanas antes da eleição do poste Fernando Haddad, o procurador geral Roberto Gurgel chegou a dizer que ficaria muito feliz se o julgamento influenciasse a decisão do eleitor. Muita gente achou natural um procurador falar assim.

Eu não fiquei surpreso porque sempre achei a denuncia politizada demais, cheia de pressupostos e convicções anteriores aos fatos. Eu acho que a denuncia confunde aliança política com compra de votos e verba de campanha com suborno, o que a leva a querer criminalizar todo mundo que vê pela frente – embora, claro, tenha sido seletiva ao separar o mensalão PSDB-MG, como nós sabemos e nunca será demais lembrar. Mas não achei o pronunciamento do procurador natural. Em todo caso, considerando a liberdade de expressão…

Mas a fantasia oposicionista era tanta que teve gente até que se despediu de Lula, lembra?

Embora o julgamento tenha caminhado na base do “não é plausível”, “não poderia ter sido de outro jeito ”e outras considerações pouco conclusivas e nada robustas, faltou combinar com o eleitor.

Em campanha própria, com chapa pura, os adversários de Lula tiveram uma grande vitória em Manaus. Viraram a eleição em Belém onde o PSOL não quis apoio de Lula. Ganharam em Belo Horizonte em parceria com Eduardo Campos, que até segundo aviso é da base de Lula e Dilma.

O PT cresceu no número de prefeituras, no número de votos em escala nacional, e também levou o troféu principal da campanha, a prefeitura de São Paulo. Mesmo com a vitória em Salvador, os partidos conservadores, à direita do PSDB, tiveram a metade do eleitorado reunido em 2008. Isso aí: perderam 50% dos votos.

É neste ambiente que Valério passa ter importância. Quem não tem voto caça com Valério.

Mês da Consciência Negra: CUT prepara mobilização e atos em todo o País


Para marcar o Dia da Consciência Negra (20 de novembro), a CUT realizará durante o mês de novembro diversas atividades por todo o Brasil. São atos, manifestações, eventos culturais que vão celebrar os avanços conquistados e cobrar mais empenho das três esferas governamentais na promoção de políticas afirmativas que visem superar as desigualdes social e racial e erradicar o preconceito e a discriminação no Brasil.


Iniciando simbolicamente as atividades, a CUT Nacional promoverá na próxima terça-feira, dia 6, em São Paulo, o ato pela igualdade racial, no trabalho e na vida. Foram convidados o deputado federal Vicentinho, a deputada federal Janete Pietá e o senador Paulo Paim, além de representantes da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e da Fundação Cultural Palmares.

Além de uma mesa temática, ocorrerá durante o ato a exibição do filme de curta-metragem “Vista Minha Pele” do cineasta Joel Zito Araújo conhecido por suas produções sobre a temática racial.

“Esta será uma atividade importante no sentido de firmar a data e estimular as secretarias estaduais e ramos a promoverem ações nos seus estados, denunciando o racismo, a discriminação e evidenciando nossas propostas para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária, onde todos os cidadãos tenham os mesmos direitos e oportunidades. Assim, vamos consolidando esta tradição de desenvolver atividades neste mês”, descreve Maria Julia Nogueira, secretária Nacional de Combate ao Racismo da CUT.

“Temos sim de celebrar o que já foi conquistado com o entendimento de que há muito por se fazer, uma batalha cotidiana a ser desenvolvida. Lutar para que o racismo seja considerado como um crime inafiançável de forma efetiva, o que perpassa pela mudança de compreensão da lei nº 7716, de 5 de janeiro de 1989, instituída pela Constituição Federal”, complementa Julia.

Educação para avançar


De acordo com a secretária de Combate ao Racismo da CUT, o acesso à educação é um dos pilares indutores de transformação social e de superação das desigualdades no País.

Regulamentada em outubro deste ano, a Lei de Cotas vem para ampliar ainda mais o acesso à educação superior no país. Universidades e institutos federais deverão reservar 50% das vagas para estudantes que frequentaram todo o ensino médio em escolas públicas. Desta porcentagem, metade será destinada aos estudantes negros, pardos ou indígenas e a outra metade aos estudantes que cursaram integralmente o segundo grau em escolas públicas cuja renda da família é de até um salário mínimo e meio.

“A aprovação da Lei de Cotas contou com grande colaboração do Conselho Nacional de Políticas de Igualdade Racial (CNPIR) e participação da CUT e, vem para saldar uma dívida histórica com a juventude brasileira e, consequentemente, colaborar para o aumento das oportunidades no mercado de trabalho”, ressalta a dirigente.

Mercado de trabalho que ainda apresenta elevados índices de desigualdade de oportunidades e condições de trabalho. De acordo com o Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil elaborado pelo Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o salário médio dos homens brancos em todo país representava, em 2006, um valor 98,5% superior ao dos homens negros e pardos.

Estudo realizado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em conjunto com a Fundação Seade em 2011 revela que na região metropolitana de São Paulo a taxa de desemprego dos negros é maior que a dos não negros (brancos e amarelos). Sem contar que os trabalhadores negros ocupam geralmente os postos de trabalho mais precários e com remunerações mais baixas.

“Por isso, no último Congresso da CUT, a deliberação em relação a questão racial direciona-se para o fortalecimento coletivo das ações, no sentido de pensar e orientar as estaduais, ramos e sindicatos para que tenham uma preocupação de incluir nas suas convenções coletivas claúsulas sobre a questão racial, visando a promoção da igualdade e o combate ao preconceito e a discriminação”, relata a dirigente.

Ações afirmativas


Na última década, algumas políticas afirmativas implementadas em diferentes níveis de governo têm sido indutoras de importantes mudanças sociais. Mas a melhora das condições é fruto não só das ações públicas, mas resultado direto da organização do movimento negro e sindical e do crescimento da consciência racial da nossa sociedade.

De acordo com Julia, destacam-se a publicação da Lei 10.639, que inclui o ensino da história do continente Africano e dos negros do Brasil nos currículos escolares, o lançamento do projeto piloto “Juventude Viva” que visa reduzir o elevado índice de homicídios que atingem os jovens negros em todo o país e a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial em 2010.

“Porém, infelizmente o Estatuto ainda é muito pouco conhecido, o que dificulta a implementação das suas políticas. Portanto, uma das tarefas que nós devemos desenvolver no próximo período é a ampliação do conhecimento sobre este importante marco legal para que seja de fato conhecido e possamos assim, exigir de maneira mais incisiva a implementação de suas políticas”, elenca Julia.

Serviço:
Ato pela igualdade racial, no trabalho e na vida
Dia: 06 de novembro
Horário: 19h
Local: Hotel Braston – Rua Martins Fontes, 330 – São Paulo/SP

Uma imagem valem mais que mil palavras

A dosimetria da ditadura e o mensalão



Por Paulo Moreira Leite na Época

Se você já viu pessoas preocupadas com o tamanho das penas do mensalão, é bom prestar atenção numa coisa.

Tanto Dirceu como Genoíno já foram presos durante a ditadura militar. Eram considerados perigosíssimos por um regime que não respeitava as liberdades nem os direitos fundamentais.

Nenhum cumpriu pena semelhante às que podem receber agora, nesta semana em que o STF volta a definir as penas dos réus do mensalão.

Temos réus, como Marcos Valério, condenados a 40 anos. Um de seus sócios, Ramon Hollerbach, já chegou a 14 anos. Não sabemos até onde isso vai chegar. 
(Francamente: nem Suzana Richtoffen, que matou o pai e a mãe e fugiu com o namorado para o motel pegou pena tão larga. Nem o Nardoni, condenado por jogar a filha da janela do sexto andar.)

A maioria dos estudiosos calcula que as penas de José Dirceu podem chegar ao infinito. Ele foi condenado 9 vezes por corrução ativa. Se pegar a pena mínima 9 vezes, já são 18 anos. Dirceu também foi condenado por formação de quadrilha. No ambiente de quem condena mais que tem animado debates que poderiam ser mais sóbrios, é difícil imaginar até onde os ministros podem ir.

Muitos observadores calculam que José Genoíno pode ser condenado a 12 anos.

São penas duríssimas, como você já deve ter reparado. Estamos falando da privação de liberdade de pessoas contra as quais não há assim provas “robustas”, para empregar uma linguagem de quem é especialista. Estamos no mundo do plausível, do acredito, do só pode ser assim.


Mas também estamos numa democracia, onde todos tem direito a uma defesa e merecem ser considerados inocentes até prova em contrário, não é mesmo?

Não deixa de ser curioso reparar o que aconteceu com Dirceu e Genoíno, quando foram presos pelo regime militar.

Acusado de integrar o “núcleo político” do mensalão, Genoíno tinha lá sua hierarquia em 1972, quando foi preso na guerrilha do Araguaia. Foi acusado de ser “coordenador e chefe do grupo de guerrilheiros” da região da Gameleira. Esperou três anos para ser julgado e, no fim, recebeu a pena máxima. Sabe quanto? 
Cinco anos.

Na sentença, os juízes militares ainda tiveram o cuidado de explicar que uma pena tão elevada se devia à “periculosidade do criminoso e não do crime.” Contribuiu para a severidade da pena o fato de que Genoíno denunciou ter sido torturado na prisão.

Considerou-se que isso ajudava a definir Genoíno como “fanático guerrilheiro e político perigosíssimo.”

Depois de cumprir três anos de cadeia, Genoíno tentou transformar a pena restante em liberdade condicional. Não conseguiu e ficou preso até o último dia.

José Dirceu foi preso no Congresso da UNE, em Ibiúna, e só recuperou a liberdade porque, no ano seguinte, foi incluído no grupo de presos políticos trocados pelo embaixador Charles Elbrick. Até então, já havia ficado um ano na prisão, sem julgamento.

Não interessava a ditadura levar Dirceu para o banco dos réus. O plano era que ficasse ali, no puro arbítrio.

O único crime de que poderia ser acusado era de tentar reorganizar “entidade extinta”, o que não era grande coisa pelos parâmetros da ditadura. Teve gente condenada por isso que pegou seis meses de prisão. Era tão pouco tempo, na época, que a maioria já tinha cumprido a pena antes do julgamento.
A pena de banimento de Dirceu, anunciada depois que foi trocado pelo embaixador, durou nove anos.

Metade da pena que poderá receber caso o STF aplique a pena mínima para as nove condenações por corrupção ativa – apenas.

E é claro que, no STF, estamos assistindo a um julgamento político.

Como os julgamentos da auditoria militar, num tempo em que o Supremo convivia subjugado com um tribunal que usurpava a mais nobre das funções de um juiz, que é fazer o justo sem ameaçar a liberdade.

Não acho que a Justiça militar seja exemplo de coisa alguma para alguma coisa. Tolerava a tortura, fingia não enxergar execuções, agia com docilidade perante a ditadura. Julgava com provas sem valor legal, pois obtidas sob tortura.

Mas é lamentável constatar que nem um regime que não tinha o menor compromisso com a democracia, considerando-se no direito de suspender as liberdades públicas para combater a “subversão e a corrupção,” aplicou penas tão duras. Uma ditadura, como sabemos, trabalha na lógica da presunção da culpa.

E vamos combinar. De armas na mão, vivendo no meio de agricultores miseráveis do interior do Pará, não havia como negar que Genoíno estivesse envolvido na guerrilha.

Dirceu era candidato a presidente da UNE, fora presidente da UEE. Sua prisão, em Ibiúna foi um flagrante, digamos assim. A lei era arbitrária, pois proibia uma entidade legítima. Mas a prova existia, certo?

E aí chegamos ao Supremo, em 2102. Temos penas máximas, contra provas mínimas.

Nenhuma história contra José Dirceu fechou. Até agora estão investigando o Banco Central para ver se aparece alguma coisa a mais na atuação de Marcos Valério. Já se passaram sete anos…

Contra José Genoíno, tem-se a dedução de que o pedido de empréstimo que assinou era fajuto. Mas o empréstimo estava lá, registrado, foi renovado, mais uma vez, e outra.

Um ministro já comparou os envolvidos no mensalão com o Comando Vermelho e com o PCC. Outro, falou que eles queriam dar um golpe de Estado. Mais de uma vez, entre uma sentença e outra, ouviram-se ironias sobre o Partido dos Trabalhadores, e até insinuações que envolviam Dilma Rousseff.

Que dosimetria, não?

Esgoto midiático incentiva ilícito


Veja incentiva candidatos do ENEM a postarem fotos no Twitter das provas.
Incentivar ilícito não é ilícito também??Se eu fosse um dos prejudicados iria processar este lixo de revista.

Paula Filizola, Do Portal MEC
04/11/2012
Durante os dois dias de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Ministério da Educação monitorou todo o processo nas redes sociais. Neste domingo, 4, segundo dia, foram eliminados e retirados das salas de exame 26 candidatos que postaram imagens digitais durante a realização da prova. No sábado, 3, primeiro dia, foram eliminados e retirados 37 candidatos. Os casos foram registrados em várias unidades da Federação.
Durante a aplicação do exame, de acordo com o item 12.3 do edital do Enem, o participante não pode, sob pena de eliminação, portar dispositivos eletrônicos como máquinas, calculadoras, agendas eletrônicas, telefones celulares, smartphones, tablets, i-pods, pen-drives, mp-3, gravadores, relógios, alarmes ou qualquer espécie de receptor ou transmissor de dados e mensagens. O candidato também não pode fazer nenhuma espécie de consulta ou comunicar-se com outros participantes durante as provas. Não é permitido portar lápis, caneta de material não transparente, lapiseira, borrachas, livros, manuais, impressos e anotações.
O edital ainda prevê, no item 12.5, que o participante deve guardar, antes do início da prova, na embalagem porta-objetos fornecida pelo aplicador de provas, itens como telefone celular, desligado, outros equipamentos eletrônicos, também desligados, e demais objetos não permitidos.

O alvo agora é Lula na guerra sem fim


Por Ricardo Kotscho no Balaio do Kotscho
Pouco antes do segundo turno das eleições presidenciais de 2006, o sujeito viu a manchete do jornal na banca e não se conformou.
"Esse aí, só matando!", disse ao dono da banca, apontando o resultado da última pesquisa Datafolha que apontava a reeleição de Lula.
Passados seis anos desta cena nos Jardins, tradicional reduto tucano na capital paulista, o ódio de uma parcela da sociedade _ cada vez menor, é verdade _ contra Lula e tudo o que ele representa só fez aumentar.
Nem se trata mais de questão ideológica ou de simples preconceito de classe. Ao perder o poder em 2002, e não conseguir mais resgatá-lo nas sucessivas eleições seguintes, os antigos donos da opinião pública e dos destinos do país parecem já não acreditar mais na redenção pelas urnas.
Montados nos canhões do Instituto Millenium, os artilheiros do esquadrão Globo-Veja-Estadão miraram no julgamento do chamado mensalão, na esperança de "acabar com esta raça", como queria, já em 2005, o grande estadista nativo Jorge Bornhausen, que sumiu de cena, mas deixou alguns seguidores fanáticos para consumar a vingança.

A batalha final se daria no domingo passado, como consequência da "blitzkrieg" desfechada nos últimos três meses, que levou à condenação pelo STF de José Dirceu e José Genóino, duas lideranças históricas do PT.
Faltou combinar com os eleitores e o resultado acabou sendo o oposto do planejado: o PT de Lula e seus aliados saíram das urnas como os grandes vencedores em mais de 80% dos municípios brasileiros. E as oposições continuaram definhando.
Ato contínuo, os derrotados de domingo passado esqueceram-se de Dirceu e Genoíno, e mudaram o alvo diretamente para Lula, o inimigo principal a ser abatido, como queriam aquele personagem da banca de jornal e o antigo líder dos demo-tucanos.
Não passa um dia sem que qualquer declaração de qualquer cidadão contra Lula vá para a capa de jornal ou de revista, na tentativa de desconstruir o legado deixado por seu governo, ao final aprovado por mais de 80% da população _ o mesmo contingente de eleitores que votou agora nos candidatos dos partidos por ele apoiados.
Enganei-me ao prever que teríamos alguns dias de trégua neste feriadão. Esta é uma guerra sem fim. Quanto mais perdem, mais furiosos ficam, inconformados com a realidade que não se dobra mais aos seus canhões midiáticos movidos a intolerância e manipulação dos fatos.
O país em que eles mandavam não existe mais.

The Serpent's Eggs - Golpe à vista!




Por Eduardo Guimarães no Blog da Cidadania

“Os leitores deste Blog [“Cidadania.com”] sabem muito bem o quanto ridicularizaram “por aí” os avisos que venho dando há anos de que o golpismo “a la 1964” vem marchando no Brasil desde 2005, na melhor das hipóteses.

E não foram só os adversários políticos que fizeram pouco dos meus avisos. Congêneres político-ideológicos também juravam que não haveria “clima” para golpismo hoje em dia.

A minha premissa era – e continua sendo – muito simples: uma vez golpista, sempre golpista. Ou seja: por que uma direita que até hoje defende o golpe de 1964 e continua chamando a resistência a ele de “terrorismo” não estaria “aberta” a novas aventuras daquele naipe?

Por muito menos do que os governos Lula e Dilma fizeram em termos de distribuição de renda, a direita midiática – que continua congregando militares, “imprensa”, Judiciário e elites econômicas e étnicas – deu golpe há 48 anos.

E as coincidências não param por aí. Como bem lembrou em artigo o colega de blogosfera Luiz Carlos Azenha, o presidente deposto Jango Goulart desfrutava de alta popularidade quando Globo, Folha de São Paulo, Estadão, empresários e militares deram o golpe.

Matéria da "Folha de São Paulo" de 2003 revelou que pesquisas Ibope feitas às vésperas do golpe de 1964, e nunca divulgadas, mostravam que Jango contava com amplo apoio popular ao ser deposto.

O Ibope dizia que 15% consideravam o governo Jango ótimo, 30% bom e 24% regular. E, a exemplo de hoje, para míseros 16% era ruim ou péssimo. Além disso, 49,8% dos pesquisados admitiam votar nele contra 41,8% que rejeitavam a possibilidade.

Qualquer semelhança com o que está ocorrendo hoje não é mera coincidência.

Por que são feitos golpes de Estado? Ora, porque quem golpeia não tem perspectiva de chegar ao poder pelas urnas. Os golpes são a radicalização contra a política.

Ou você acha que a mídia vendeu à toa a farsa de que a abstenção nas últimas eleições cresceu muito? Cresceu coisa nenhuma. Em verdade, deveu-se a cadastros desatualizados da Justiça Eleitoral que contam até os mortos.

Foi preciso o Supremo Tribunal Federal jogar a Constituição no lixo mandando políticos para a cadeia por “verossimilhança” das acusações oposicionistas-midiáticas contra eles para que, ao menos entre a esquerda, praticamente desaparecessem os que diziam que eu construía “teorias conspiratórias”.

Note-se que, quando me refiro à esquerda, não incluo partidos como o PSOL, que teve dois de seus principais expoentes declarando apoio ao político mais conservador e reacionário do país.

Plínio de Arruda Sampaio, candidato a presidente pelo PSOL em 2010, e Chico de Oliveira, sociólogo, fizeram juras de amor a José Serra e, praticamente, se engajaram em sua campanha, além de serem bonecos de ventríloquo da mídia.

Sim, psolistas ficaram ao lado do candidato que inventou o “kit-gay” e que se agarrou nas barras das batinas e nas bíblias que pôde desde 2010 até hoje. Sem falar que disputam a tapa os favores do Partido da Imprensa Golpista.

Não é à toa que a militância do PSOL nas redes sociais esteve à frente até da ultradireita ao classificar meus avisos quanto ao golpismo como “teorias conspiratórias”. E não é à toa que essa militância vem atuando no sentido de criminalizar a política.

E para que criminalizar a política? Ora, porque se o povo não sabe escolher políticos, o jeito é deixar alguma instituição escolhê-los e lhes impor limites à atividade – ontem, foram os militares; hoje, é o Judiciário.

Vejam que o cronograma do golpe vai sendo seguido. Primeiro, José Dirceu; agora, Lula; em breve, Dilma.

Ora, o STF e o Procurador-Geral da República deveriam ser os primeiros a nem sequer considerar as supostas acusações de Marcos Valério contra Lula. Ou será que eles ignoram que o ex-presidente os indicou sem tomar o menor cuidado em saber suas posições políticas?

Pergunta: um político que estivesse “roubando” indicaria pessoas “independentes” para cargos que lhes permitiriam pegá-lo no pulo?

Disse e repito: teorias conspiratórias só existem porque as conspirações reais também existem. Como essa em curso. Tão clara que só não vê quem não quer e que cada vez mais gente a enxerga.”

As "verdades" do esgoto midiatico #Veja Bandida

A Revista Veja deveria ser usada nas faculdades de jornalismo para que se ensinem como não se deve fazer reportagens, utiliza de recursos públicos para defender seus interesses empresariais, ligada a  contraventores e bandidos de toda a espécie, com desenvoltura no submundo do crime, utiliza suas paginas numa verdadeira cruzada contra Lula e o PT, portanto contra a maioria do povo brasileiro que se beneficiaram das conquistas obtidas no decorrer dos governos


Segue abaixo uma das muitas verdades publicadas na revista semanal que nunca foram comprovadas e muitas até desmentidas.
Regulamentação Já!

1. "Escola dos Horrores"Em 1994 Veja publica matéria em que acusa donos de uma escola no bairro da Aclimação de praticar abusos sexuais contra crianças, o caso ficou famoso em todo o país, a escola foi depredada e fechada, algum tempo depois se provou que as acusações feitas pela revista eram infundadas, o Estado foi obrigado a pagar uma indenização, mas a imprensa fez-se de desentendida e nem sequer uma autocrítica publicou;

2. “Tentáculos das Farc no Brasil”

Em março de 2005 a matéria de Veja tenta provar suposta relação do movimento guerrilheiro colombiano com o comando da campanha do ex-presidente Lula e vai além, a revista afirma ter acessos a documentos secretos – desta maneira não apresenta nenhuma prova, pois são documentos “secretos” – de que as Farc teriam feito uma doação de US$ 5 milhões para a campanha presidencial de Lula. O ministério público fez investigação e nada foi provado. Como é de costume da revista, esta matéria seria mais uma tentativa de prejudicar o então candidato Lula, desafeto de longa data de Roberto Civita, dono da revista;

3. “Os dólares de Cuba para a campanha de Lula”

Esta matéria foi publicada em 2005 durante a campanha presidencial. Sem nenhuma prova concreta ou algo que o valha, Veja afirma com todas as letras: “Entre agosto e setembro de 2002, o comitê eleitoral de Lula recebeu US$ 3 milhões vindos de Cuba. Ao chegar a Brasília, por meios que Veja não conseguiu identificar”. Sempre de maneira dissimulada, sem apresentar nenhuma prova e mesmo admitindo não saber de todos os fatos, publica-se matéria de capa com acusações estapafúrdias que até hoje não foram comprovadas;

4. “Parece Milagre”

Em setembro de 2011 Veja publica matéria de sete páginas (o número da mentira) para falar de um remédio para emagrecimento, na matéria a revista faz elogios ao remédio e cita o nome do emagrecedor como que fazendo uma propaganda do produto, entretanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) havia limitado o uso do remédio, a agência diz expressamente em um dos seus relatórios que “o uso do produto (...) caracteriza elevado risco sanitário para a saúde da população”. De maneira irresponsável Veja colocou em risco a vida de seus leitores com o objetivo único de se beneficiar;

5. José Dirceu mostra que ainda manda em Brasília

Em agosto de 2011 Veja publica matéria conseguida de maneira pitoresca, tentando provar que o ex-ministro José Dirceu ainda tem poderes no governo e no Partido dos Trabalhadores – que até então nada tem de ilegal. Um jornalista invade o hotel onde o ex-ministro se hospedara e fazia reuniões com correligionários, na invasão o jornalista tenta violar o quarto do ex-ministro no intuito de forjar provas, não tendo sucesso o mesmo roubou imagens do circuito interno de TV do hotel. O responsável pela segurança do hotel registrou ocorrência em uma delegacia de Brasília e até hoje nada foi feito para que se punisse a atitude criminosa da revista e de seu jornalista;

6. “Militante do PCdoB acusa Orlando Silva de montar esquema de corrupção”

Na reportagem de 15 de outubro de 2011 Veja acusa o ex-ministro do Esporte Orlando Silva de montar um grande esquema de corrupção. A revista utiliza como fonte um policial militar do Distrito Federal que dirigia uma ONG e havia sido condenado pelo ministério e pelo Tribunal de Contas da União a devolver recursos ao próprio ministério do Esporte por falta de prestação de contas. A tal fonte não podia mesmo ser de todo confiável, pois, estava em litígio com o ministério e apresentava patrimônio muito acima de seus rendimentos. O policial João Dias, com ajuda da revista Veja, afirmou que o ministro recebera dinheiro na garagem do ministério e que tinha provas, entretanto, as provas nunca foram apresentadas, o policial encontra-se preso e a revista fez-se de desentendida;

7. “Só nos sobrou o Supremo”

Em 8 de junho de 2011 Veja entrevista o senador Demóstenes Torres e o apresenta como um parlamentar combativo e honesto. A entrevista revelou-se recentemente como uma manobra de Veja para ajudar o senador em sua empreitada de estabelecer uma boa imagem de sua figura como um dos últimos homens honestos no Senado federal. Recentemente a prisão do contraventor Carlinhos Cachoeira mostrou uma relação íntima do senador com o bicheiro, jogando por terra a imagem de homem probo, entretanto, gravações da Polícia Federal revelaram que a revista Veja também tinha relações íntimas com o bicheiro e sabia das relações do próprio parlamentar com o bando criminoso de Carlinhos Cachoeira. Ora, se a revista sabia da relação do parlamentar com um grupo criminoso e também se relacionava com os contraventores, como pode levar seus leitores ao engano produzindo uma entrevista que ajudava um criminoso a se beneficiar eleitoralmente? São questões que precisam ser esclarecidas.

PIG em manchetes


PRINCIPAIS MANCHETES

STF/Valério – Folha, em manchete, diz que “STF ordena que ação de Valério no BC seja apurada”. Informa que o ministro do STF Joaquim Barbosa ordenou a abertura de inquérito para apurar se Marcos Valério fez tráfico de influência no Banco Central em favor dos bancos Rural e Econômico. Reporta que, segundo a PF, o operador do mensalão tentou influir no processo de socorro financeiro do Econômico e do Mercantil, que pertence ao Rural. Valério e os bancos negam irregularidades. Lembra que ele tem ameaçado fazer novas revelações sobre o escândalo e outros casos. Para ministros, ele tenta reduzir suas penas. Afirma que as punições podem se agravar com investigações desmembradas que venham a resultar em novas ações como no caso do suposto tráfico de influência. Estado anuncia em manchete que “STF avalia dar penas mais leves para Valério”. Diz que os ministros do Supremo já começam a debater uma possível redução da pena do publicitário por causa de sua contribuição às investigações que resultaram na condenação dos acusados de integrar o esquema de pagamento de parlamentares “durante o primeiro mandato do governo do ex-presidente” Lula. Afirma que o deputado cassado Roberto Jefferson também poderá ser beneficiado com redução da pena por ter trazido a público o esquema em 2005. Correio chama na capa que “STF volta a definir penas do mensalão na quarta-feira”. Diz que magistrados definirão também sobre a prisão imediata dos condenados e a cassação de deputados.
Obama/Romney/“voto a voto” – Manchete de O Globo é que “Obama disputa voto a voto para se eleger”. Reporta que eles chegam à véspera das eleições americanas empatados nas pesquisas e “com o pé na estrada para a última arrancada de comícios em estados sem inclinação partidária, que definirão o vencedor do pleito de 2012”. Com 48% das intenções de voto cada um nas últimas pesquisas ABC/Washington Post e Politico/George Washington University, e 48% para Obama e 47% para Romney na pesquisa NBC/Wall Street Journal, jornal diz que os candidatos trabalham nas 24 horas finais de campanha. Diz que estratégia de Obama é manter a vantagem consistente, ainda que dentro da margem de erro, em cinco dos nove estados essenciais, especialmente no Meio-Oeste, o suficiente para assegurar a reeleição. Estado chama na capa que “Eleição acirrada nos EUA deve atrasar resultado”. Correio, em “O Brasil torce por Obama”, afirma que as relações entre Brasil e EUA independem do novo líder americano, mas, segundo analistas, “há em nosso país predileção pelo nome de Barack Obama”. Valor, na capa, diz que “Adversários propõem ajustes fiscais diferentes para os EUA”. Estado, internamente, noticia que “G-20 faz alerta sobre ‘abismo fiscal’ nos EUA”. Folha chama na capa matéria que trata das chamadas “tent cities”, favelas feitas de barracas, que surgiram com a recessão econômica que levou pessoas a perderem as casas por não pagarem hipotecas ou que ficaram na rua depois de serem demitidos e atrasar o aluguel.
Dilma/reeleição – BE, em manchete, diz que “PT chega a consenso e decide que Dilma será candidata à reeleição”. Afirma que o PT “já está preparando sua máquina de guerra para enfrentar o decisivo ano de 2014”. Diz que o primeiro passo será dado essa semana em um jantar dos caciques da sigla com o PMDB. Relata que a anfitriã será a presidenta “e o cardápio, a renovação do bem sucedido consórcio de poder formado pelos dois partidos”. Diz que a conversa será pontuada pelas demandas de cada um na agenda de 2013: reforma ministerial, eleição para o comando do Congresso e divisão de espaço nas prefeituras. Diz ainda que PT e Palácio do Planalto definiram que o ex-presidente Lula não disputará a presidência. BE diz que o PT também trabalha para que a sucessão interna da legenda”. O BE teria apurado que o ex-presidente trabalha para que a bem-sucedida aliança entre os grupos majoritários petistas “Novo Rumo” e “Construindo um Novo Brasil” seja repetida e reeleja Rui Falcão para um novo mandato em novembro de 2013. Globo, internamente, em “Favoritos reconhecem incerteza em disputa no Congresso”, diz que, a três meses das eleições para os novos presidentes da Câmara e do Senado, o clima é de incerteza, a despeito de acordo já firmado entre PT e PMDB para que peemedebistas comandem as duas casas a partir de 2013. Afirma que a Dilma não pretende interferir diretamente na disputa do Congresso. Folha, internamente, destaca declaração de brazilianista aposentado desde 2001 da Universidade de Brown, Thomas Skidmore, que segue estudando o país, entrevistado pelo jornal”: "Dilma é um tanque, tem instinto político" [mais sobre 2014 em Outros Assuntos].
Enem/abstenção – Enem é destaque nas capas. Globo reporta que exame “tem 28% de faltosos em todo o país”. Relata que o Enem terminou ontem com abstenção de 27,9% (1,61 milhão de candidatos), índice maior que o de 2011 (26,4%). Correio noticia assunto na capa com o mesmo enquadramento, “1,6 milhão de candidatos perdem Enem”. Folha informa que “MEC elimina 65 que publicaram fotos no Enem” na web. Anota que, para professores, prova foi bem elaborada. Também destaca abstenção. Estado chama na capa que “Tema inesperado pode baixar notas da redação do Enem”, em referência ao assunto sobre o qual candidatos tiveram de escrever, os movimentos de imigração do Brasil no século 21. Folha entrevista Secretária-geral da Fundação Nacional do Livro, Elizabeth Serra, que diz que “O Brasil não tem um sistema de bibliotecas”.
Mercadores da miséria/fraudes em programas – Globo chama na capa em “Mercadores da miséria: Fraudes vão do leite à luz” matéria especial de série sobre problemas em programas sociais do governo. Diz que, na Paraíba, 112 mil famílias de baixa renda com crianças, idosos ou grávidas estão desde maio sem receber leite de um dos programas do Brasil Sem Miséria. Afirma que a PF descobriu que pessoas que não eram produtoras foram incluídas, em alguns casos sem conhecimento, na lista de beneficiados no projeto de compra de leite de pequenos pecuaristas para distribuição a famílias pobres. Reporta desvios que chegam a R$ 10 milhões. Jornal traz também que em Nova Ubiratã (MT), o MP investiga o ex-secretário de agricultura, suspeito de ter cobrado para instalar energia do programa Luz Para Todos, que é gratuito. Folha, internamente, informa que “PF apura fraudes em contrados de R$ 11,6 bi” relativos a superfaturamento de obras, corrupção de servidores e fraudes com recursos públicos em 8 mil investigações. Estado, internamente, destaca que “SP tem menor índice de pobres com Bolsa Família entre capitais do País”. Editorial do Estado, “Necessárias, mas lentas”, sobre obras no NE de infraestrutura. Em outro editorial, Estado fala do “Custo da infraestrutura ruim”.
Energia elétrica/concessões – Valor chama na capa “Dúvida sobre renovação de concessões”. Diz que os critérios para renovação das concessão no setor elétrico, divulgados na noite de quinta-feira, foram considerados tão desfavoráveis ao setor privado que especialistas passaram a duvidar se as empresas decidirão pela prorrogação dos contratos. Em outra chamada de capa, “Licenciamento ambiental será simplificado”, Valor diz que duas medidas na área ambiental que estão sendo costuradas pelo governo devem tornar mais rápida a liberação de grandes obras de infraestrutura, alterando a forma de atuação do Ibama. “Apaguinhos” e energia eólica – Globo e Estado trazem suplemento especial que trata da matriz energética brasileira. Chamada de capa no Globo ressalta que o país pode se orgulhar do título de país com a melhor matriz energética do mundo, mas o sistema apresentaria instabilidade, que tende a se agravar com a construção de grandes usinas em regiões distantes e sem reservatórios – “por restrições ambientais” – que deixariam o país à mercê de "apaguinhos". Estado, na chamada de capa, destaca que até 2021, 9% da energia consumida pelos brasileiros deve ser proveniente dos ventos. Editorial de O Globo, “Incertezas no horizonte”.

MAIS
Funcionalismo “sangue azul”/reajuste – Correio, na capa, informa que “Servidor que não quis acordo volta a negociar”. Diz que manhã será um dia decisivo para as categorias que não aceitaram o reajuste salarial de 15,8%, em três parcelas, até 2015. Reporta que o governo reabriu o diálogo e sinalizou que incluirá, no Orçamento de 2013 o aumento de 5% anual, recusado, com alarde, pela elite do funcionalismo, os chamados "sangues azuis", atendendo a pedidos de parlamentares da base aliada. Segundo o jornal, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, já mandou estudar se há espaço no caixa.
PM assassinada/SP – Folha chama na capa que “PM é morta diante da filha na zona Norte de SP”. Reporta que ela chegava em casa quando foi atingida por ao menos dez tiros. Lembra que a “onda de violência” já soma 92 PMs mortos no Estado em 2012. Anota também que agente penitenciário foi morto em Guarulhos. Estado chama na capa que “Policial é assassinada na frente da filha”.
PSDB/candidato em Minas – Valor, internamente, noticia que “PSDB de Minas busca candidato ao governo”. Informa que o nome mais forte hoje seria o do prefeito reeleito de BH, Marcio Lacerda, mas que, “no entanto, pelo menos dois problemas em relação a ele: Lacerda teria de abandonar seu segundo mandato no meio e, acima de tudo, ele não é tucano, mas do PSB”.Senador Aécio Neves (PSDB-MG) escreve na Folha “A verdade das urnas”. “Aécio olha na direção do Planalto”, escreve Ricardo Galuppo no BE.
SP/oposição a Haddad – Estado destaca internamente que “'Oposição a Haddad será sem adjetivo', diz tucano”. Em entrevista ao jornal, o tucano Andrea Matarazzo, vereador eleito pelo PSDB com a maior votação do partido - 117 mil votos -, afirma haver um "excesso de pragmatismo" na aliança entre o prefeito Gilberto Kassab (PSD) e o PT, de Fernando Haddad. "Acho no mínimo estranho até porque a gestão do prefeito foi demonizada na campanha", declarou Matarazzo, que foi ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência no governo FHC.
Operadoras de saúde/consolidação – BE, em “Menos de 10% das operadoras de saúde continuarão vivas”, destaca na capa previsão do presidente da Golden Cross, João Carlos Regado em entrevista ao jornal. Para o executivo, segundo o jornal, o aumento de custos e necessidade de capital acentuarão o processo de consolidação do setor.
Shoppings/bom investimento – Valor chama na capa, em “Novo investidor aplica R$ 3,5 bi em shopping”, que novas empresas de shoppings têm sido criadas com recursos de fundos de investimentos, de executivos do mercado e de tradicionais empresários da construção. Segundo o jornal, a redução dos juros, resultados favoráveis dos shoppings e forte valorização do capital aplicado no negócio fizeram surgir novas sociedades no setor nos últimos três anos.
Bicos de Natal/ “dívidas” – Estado, na capa, revela que “'Bico' de Natal salda dívidas de assalariado”. Informa que quase um quarto dos trabalhadores que procuram emprego temporário neste fim de ano têm como objetivo obter uma renda extra para pagar dívidas. Destes, mais de metade (59%) já está empregada e nunca prestou serviços temporários anteriormente.
Pornografia infantil/denúncia – Folha reporta na capa que “Denúncias de pornografia infantil na rede chegam a 40%”. Informa que a pornografia infantil domina as denúncias de crime na internet feitas no Brasil. Relata que, de janeiro de 2006 ao mês passado, 40,5% do que foi denunciado no país mirava esse tipo de conteúdo, segundo levantamento da ONG Safernet. Informa que Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos entra no ar hoje.
Minas/garimpo ilegal – Valor, em “Garimpo ilegal agita 'Areinha'”, reporta que, às margens barrentas do rio Jequitinhonha, na região de Diamantina (MG), quase 2 mil pessoas extraem diamantes em um garimpo ilegal que desafia o governo e interesses de duas empresas. Reporta que a Mineração Rio Novo, do grupo Andrade Gutierrez, que tem o direito de exploração, abandonou a área - apelidada "Areinha" - em 2007. Diz que, desde então, garimpeiros a ocuparam e movimentam o comércio da cidade. A empresa concorda em transferir os direitos de exploração aos garimpeiros, como eles pedem, mas quer que o Ministério Público a isente de responsabilidade pelos danos ambientais na região.
Argentina/Brasil/menos tensões – BE diz na capa que “Safra recorde na Argentina pode ajudar a indústria”. Reporta que, ao menos para os economistas, as tensões comerciais entre Brasil e Argentina devem diminuir em 2013. Diz que as safras recordes que o governo argentino prevê prometem injetar bilhões de dólares na balança comercial do país, abrindo espaço para as exportações de produtos brasileiros. Editorial da Folha, “Cristinoduto”. Em outra chamada, BE destaca que “Crise mundial dura mais cinco anos”. Matéria baseia-se em previsão de “um guru dos investidores”, John Mauldin. Segundo ele, a economia global só voltará a crescer com fim do déficit dos EUA.
BC/ficha limpa – Valor dá manchete para “'Ficha limpa' do BC barra executivos do mercado”. Informa que desde janeiro, o Banco Central proibiu a atuação de 364 administradores de instituições financeiras e a tendência é que esse número aumente ainda mais. Inspirado na Justiça Eleitoral. Explica que o BC está exigindo "ficha limpa" dos administradores de instituições financeiras. Segundo o jornal, a regra é negar homologação aos envolvidos em fraudes ou em condutas indevidas no sistema financeiro, além daqueles que respondem a ações judiciais ou processos administrativos.
Pagamento móvel/vantagens e riscos – Globo, em “Pagamento móvel vem aí”, informa na capa que, prestes a ser regulamentado no país, o pagamento por celular deverá movimentar US$ 617 bilhões em 2016 no mundo. Diz que comodidade e integração ao sistema bancário são vantagens, mas alerta para riscos. BE, em “Ferramenta de inclusão social e para dar créditos”, diz que pagamento por celular pode ser usado para analisar hábitos.
Meta fiscal/ “contabilidade criativa” – Folha, em editorial “A conta não fecha”, diz que “os gastos do governo federal continuam a subir mais que as suas receitas, buraco que só a contabilidade criativa do Planalto consegue preencher”. Estado, internamente, destaca que “Governo quer avançar na reforma tributária com padrão para ICMS”. Editorial do Estado, “Falta a opção pela competência”, sobre “arrecadação ruim este ano”.
Crivella/Brasil aquicultor – Ministro Marcelo Crivella escreve na Folha “Por um Brasil aquicultor” que o país “por sua grandeza territorial e demográfica, pelo volume de água doce e imenso litoral, deve a si mesmo e à humanidade uma produção de pescado à altura desses recursos”.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Bergamo e Kramer. musas loucas vão à forra no PIG


A coluna de Mônica Bergamo, na Folha, abre hoje dizendo que Zé Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares teriam de pagar multas de pelo menos R$ 2 milhões cada um pela condenação por corrupção. “A ideia é fazer uma campanha de arrecadação”, conta a jornalista.

- A iniciativa de uma coleta, julgam interlocutores dos réus, ajudaria a politizar os resultados do julgamento. E seria uma forma de tentar mostrar que os condenados contam com apoio também fora das fronteiras do PT.

Em sua coluna no EstadãoDora Kramer diz que boatos sobre possível fuga rondam Zé Dirceu. “Uma hora se diz que vai para a Venezuela, outra que buscará abrigo em Cuba”.

Dora Kramer não tem dúvida nenhuma sobre a solução. Ela defende a entrega antecipada dos passaportes, como fizeram Marcos Valério e Marcos Tolentino.

- Mas petistas acham que Dirceu não seguirá o exemplo, alegando que sua palavra basta.

ANÁLISE: somente Dora Kramer para enxergar “exemplo” em Marcos Valério.